quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Porco e Pimenta : Berenice continuação.


acho que esse desenhou superou o primeiro
BERENICE

Berenice acordou com o pé direito, e disse bom-dia pra todos na sua casa, essa é uma bela ocasião pra mostrar a familia com quem ela convive, e ama. Levantou, como ja disse, de pé direito, e meio acordada meia dormindo foi indo pro banheiro, foi no corredor que se deu com o primeiro bom-dia, um bom-dia fedendo à sono, o cheiro do sono saia por todas as partes do seu irmão, mais velho, seus cabelos também eram castanhos e ele era consideravelmente parecido com ela, mais alto em dez centímetros mais ou menos, tambem meio acordado meio dormindo, não teve a sorte da irmã, acordara de pé esquerdo, e isso lhe dera dois olhos bem castanhos contornados com duas grandes camadas de pele escurecida, as olheiras do irmão o faziam parecer um zumbi, ele dormira de cueca, mas agora ja havia posto um uniforme amarrotado, de cor beje, o mesmo que Berenice usava na escola, seu irmão era três séries mais avançado, porém quatro anos mais velho, o repeteco no primeiro ano o deixara mais chato que de costume, e Berenice ainda conseguia ouvir o dia que sua casa explodiu em gritos quando chegou a notícia.

Berenice, num camisetão-velho-pijama deixou o irmão seguir seu rumo, e entrou no banheiro, se vira pela primeira vez naquele dia, ela estava não muito diferente do irmão, não tinha olheiras, mas aquela sujeira acumulado de sono residia nos seus olhos, e foram tiradas logo que vistas, pareciam mais manteiga que outra coisa, e se existe uma coisa que Berenice não come é manteiga, manteiga tem gosto de gordura, e é feito com leite, não, manteiga é o fim-da-picada pra Berenice. Sentada no vaso, Berenice ia pentiando os cabelos enquanto fazia xixi, era gostoso fazer xixi pela manhã, pentiando os cabelos, isso se tornara quase que um ritual para a menina, só que menos badalado. Pois levantou-se, e fez toda a higienação necessária do momento, jogou um pouco de agua do rosto, um pouco de pasta na escova, um pouco de escova nos dentes, secou a mão rapidamente, e deixou o restinho de umidez das mãos para abaixar os fios que estavam persistindo em ficar de pé no seu cabelo.

Ao sair do banheiro, três vezes mais apresentável do que quando entrou nele, foi andando pra sala, onde era tomado um rapido café, ninguem se sentava, só Berenice, e então viu sua mãe na cozinha, bem melhor preparada que ela propria, a mamãe parecia uma bolacha waffle, era magra, branca, tinha cabelos presos num alto rabo-de-cavalo, e estava vestida de tom pastel, a mamãe de Berenice trabalhava com os números, e nunca se esquecia deles, sabia muito bem que no café-da-manhã, eram duas xícaras, pra ela e pro marido, duas tigelas, pros filhos, o café era um-quarto de agua, quatro de café, duas de açúcar, e a água não demorava mais que dois minutos pra ferver, e na tigela, era cereal para o Donatello, e granola para a Bê. Naquele dia, tudo estava bem, e todos os números estavam onde deviam estar.

Bê, como sempre, sentava na mesa, o irmão comia seu cereal sentado no sofá cor-pastel de sua casa, assistindo a mínima porção que ele podia assistir da MTV logo de manhã, um dos maiores passatempos de Donatello, era a MTV, e ele sonhava em ser um Vj, as vezes Berenice ouvia seu irmão apresentando os clipes do momento durante o banho, ou deitado na cama antes de dormir, ela gostava do irmão de uma maneira estranha, mesmo que sem assuntos em comum, ela sabia que o irmão a protegeria de tudo. Donatello achava Berenice doida de tudo.

Então, Berenice na mesa, Donatello no sofá, Flor na cozinha, tudo estava tão vazio, faltava o ultimo elemento, e esse veio engravatado, e seus cabelos levemente grizalhos reluziam com a luz-da-manhã.
- Seu café amor - veio a mamãe, meio na vida meio nos números com duas xícaras de café preto na mão - Estamos um pouco atrasados, se apresse com esse copo, e pegue o outro você mesmo - pausa pra beber café - você tem oito minutos contados.
- Bom dia meu amor - um beijo na testa, um sorriso de lado.

O papai sempre parecia pensativo, Berenice nunca o vira falar demais na vida, mas sabia que seu pensamento era uma grande locomotiva de idéias, e que o papai era muito criativo, seu trabalho era fazer propagandas para a TV, e ele era bom nisso, havia feito algumas propagandas que passavam no horário nobre, e uma porção de propagandas que passavam de madrugada, nessas ultimas, Berenice e ele ficavam acordados até bem noite, para ver passar pela primeira vez, e se um dormisse era obrigação do outro acordar, com punição de pena-de-morte para quem não o fizesse, Berenice ficava meio tensa, mas sabia que mesmo que não o acordasse, o papai seria bondoso, a mataria rápido e sem dor.

O papai era responsável pelos nomes dos filhos, mamãe queria dar ao filho, Felipe, e à filha, Camila, e papai dissera que nomes convencionais atraía uma vida convencional, o papai era muito inteligente, mas ele mesmo chamava João.

Todos eles, no horário certo, entraram no carro, mamãe dirigia, era um carro apenas na familia, primeiro deixava o papai, na empresa, que ficava consideravelmente perto da casa, depois deixava Berenice e Donatello no colégio, onde milhares de pessoas de todos os tamanhos e larguras usavam roupas iguais, e andavam de modo diferente.
- Berenice, não se esqueça de perguntar aquilo que eu disse pra você perguntar - disse a mamãe quando abaixou o vidro do passageiro para ver a filha.
- Do que está falando, mamãe? - esse foi Donatello curioso.
- Assunto meu e da Bê, Dona Curiosidade. - a mamãe o chamava assim, Donatello realmente estrapolava as vezes, só as vezes.
- Tudo bem mamãe - disse Berenice mais pra lá do que pra cá, enquanto adentrava no colégio.

[Sim, eu continuei Berenice (\o/) e a inspiração veio do nada, olhando pr'o meu uniforme, que é preto, não beje. acho que ficou bom, estou orgulhoso. Hopje é meu aniversário de 17 anos]

[ ja disse, e repito, quem copiar e ganhar muito dinheiro com isso, é bobo e sem criatividade]

[só por curiosidade, eu ACHO que o Donatello, hoje apresentado, tem 17-quase-18, e que a Berenice tem 13-quase-14, tenho que ver a lógica no texto e me lembrar se falei alguma coisa sobre a idade dela na primeira parte, acho que é isso]

2 comentários:

Arthur disse...

Hahuahuaua! O mais impressionante é que eu tambem não acredito na existencia deles. Pra mim é tudo uma grande conspiração.Os ossos devem ser todos de gesso ou algo assim.

É uma conspiração maluca que envolve os dinossauros, a banda calypso, os ets, e a morte de Heath Ledger. (Ainda tô surpreso que ele morreu O.O)


Te Linkei! o/

Sayonara!



P.s: Eu via Naruto.Eu tenho um pouco de medo de paraplegicos. :}

Anônimo disse...

As suas narativas são realmente muito divertidas, tem umas sacadas bem legais, como o trato de "matar quem não acordar o outro" hahahhahaha

Só fiquei curioso pra saber de que se trata o assunto entre a mãe e a Berenice...