quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Porco e Pimenta: Narciso - Evolução


Parte I - NARCISO

Narciso ao ver sua imagem refletida na água de um lago se apaixonou por si mesmo, não dando atenção à Eco, a ninfa que estava escondida atrás dos arbustos, castigada pela maldição que a condenadava a somente se comunicar através da repetição da última palavra dita por alguém que falasse perto dela. Eco, magoada, fugiu para dentro das cavernas, onde suas repetições podem ser ouvidas até hoje, e Narciso ficou observando imagem no lago na tentativa de chamar sua própria atençã,o até morrer na ato; no local de sua morte nasceu uma flor, a mais bela, intitulada com seu nome.

Parte II - EVOLUÇÃO



As vezes eu me sinto como Narciso, não no sentido belo do mito, eu me sinto tão centrado em mim que as coisas importantes da vida passam desapercebidas, mas eu não sou o único, talvez a verdade seja que o mundo é feito de Narcisos, e que esse egocentrismo é incentivado pelo mundo em que vivemos, desde as coisas mais banais, - como cada um ter seu headphone e se fechar dentro dessa realidade individual onde você é quem manda - até as coisas grandiosas - como por exemplo essa ganancia que domina o mundo, e essa cultura de querer cada vez mais e melhor.

Ver que o mundo corre pro individualismo me deixa mais triste quando eu vejo que eu faço parte dessa corrida, e é muito fácil ser 'alternativo' e dizer que você não se inclui nessa massa, quando na verdade você está incluido sim, e tem preocupações e medos individualistas. É ridiculo fingir que não faz parte disso dizendo o quão feio é fazer, como se quem fizesse fosse a causa e não a vítima dessa ideologia vigente.

Eu queria que de um dia pro outro a população da
Terra pudesse ver e entender como o mundo está, e a partir dai a verdadeira evolução começaria, essa evolução não seria uma evolução tecnológica, industrial muito menos econômica, seria uma evolução psicologica que traria melhoras para o mundo todo.

Isso não acontecerá da noite para o dia, eu sei, mas eu sinto que vai acontecer algum dia; enquanto vivemos dessa maneira, vale a pena tentar não ficar se olhando o dia todo e prestar atenção no que realmente traz felicidade.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Porco e Pimenta: Seleção Natural - Darwin




Fenômeno que acontece todo dia pela manha ao sacar da gaveta o primeiro par de meias que vier aos meus dedos.

Porco e Pimenta: Vesgos

Eu não consigo conversar com vesgos, mesmo que sejam pessoas legais e interessantes, eu me sinto confuso e sem jeito.
Preciso superar isso.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Porco e Pimenta: Detalhes.















The Poetry of America and Geopoliticus Child Watching the Birth of the New Man - Salvador Dalí

















Vladimir Kush


















Jacek Yerka


















The Collective Invention - René Magritte


















Fra Angélico















Judith B
eheading Holofernes - Caravaggio

















Scuola di
Atenas - Rafael

















The Garden of Delights - Hieronymus Bosch


















Dama com Arminho
- Leonardo da Vinci



sábado, 9 de maio de 2009

do Futuro: Maio de 2009

sobre os meus dias de hoje

Noticia boa que não mudará a vida de ninguem senão a minha: voltarei a postar aqui.

Noticia ruim que não mudará a vida de ninguem: estou com pressa hoje.
O blog ainda não sabe, mas eu estou na faculdade, e contradizendo muitas postagens daqui, estou fazendo Arquitetura (e não jornalismo, como eu esperava), mas afirmando o que eu supunha acontecer, estou muito feliz.
A volta ao blog se deu pela saudade, e pelo fato de que eu gosto do fato de ter um blog, por mais inutil e não-visitável que seja, eu gosto daqui.
A pressa de hoje se dá porque vou trabalhar das 16pm às 23pm, meu sábado jogado fora.
Ontem saí com meus amigos da faculdade ( dois pedros, daniel, gueta, marina, isabelle) e uns amigos agregados (toco, mila, kim, marcelo, dois meninos que eu não sei o nome). Fomos ao Little Darling em Moema, uma balada rockabilly, foi muito divertido, a gente dançou bastante, eu e um dos pedros colocamos Revolution na jukebox, gostei muito.
Amanha vou passar o domingo fazendo um trabalho pra faculdade, que tudo dê certo.

E a palavra do mês é Influenza AH1N1, a Gripe Suína.

beijos apimentados,
C.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Porco e Pimenta: Terminal


terminal

Parou no terminal, mais uma ligação
- estou do outro lado da rua, você está de cinza?

- sim, eu estou confuso.

- estou te vendo, atravessa, depois dos guardas, das barracas, estou no carro prata.

Caminhou apressado, pensando em assunto, pensando em como cumprimentar, pensando muito, perdido nos pensamentos atravessou a avenida correndo, e quando percebeu que o outro havia saido do carro, diminuiu a velocidade pra não parecer tão interessado.

Se cumprimentam, um de cada lado do carro, e entram nele, agora se cumprimentam direito, um abraçado desconfortavel, um em cada banco do carro prata, as portas se fecham, ambos encabulados, dirigindo pela cidade, ao som de CD's que saem de um porta-cd mais organizado do que o necessario e vão para o rádio, conversam com pausas longas e tão desconfortáveis quanto o primeiro abraço.

- sua voz é diferente no telefone e ao vivo

- a sua tambem

pausa longa.
- você não está perdido né?

- imagina.

pausa longa.

- você tem duas opções de passeio, uma ao ar livre, uma em local fechado, escolha.
- mas assim, sem mais informações?
- é

- ar livre, mesmo que o tempo não pareça estar contribuindo.

- ar livre então, feito.

Dirigem ao tal lugar 'ar livre', é um parque, saem do carro, agora as conversas ja parecem fluir melhor, ambos carregam mochilas cheias de surpresas, depois de andar um bocado, desviando de ciclistas, corredores e casais com cachorros, compram um suco de uva, sentam na grama.

- a idéia que eu tive ao ar livre, era de fazer um piquenique - tira uma toalha da bolsa, uma sacola com barras nutritivas de amostra gratis, o suco de uva.

Estava gostando do passeio, e da companhia tambem, comia as barras nutritivas, e numa conversa sobre musica, desenhava num caderno, falava baixo. Filmava o outro desenhando. Por alguma razão desconhecida, o piquenique acabou com ambos rolando na lama do parque, vendo quem conseguia derrugar quem, ja eram intimos nesse momento, a calça de um acaba inteira suja, o outro por incrivel que pareça, mesmo com trinta minutos de luta na lama, permanece tão limpo quanto estava ao chegar, um pede a calça do outro, alias pretendia sair naquela noite, iria a uma cafeteria e a uma discoteca, comemorar o aniversário. Não iria emprestar a calça jeans num primeiro encontro, o que a mãe iria pensar, de jeito nenhum.

Correm o parque buscando um banheiro para lavar a calça do sujo, que não pára de pedir a calça do outro, que não abre a mão da calça jeans com a qual veio. Cantando a abertura de um desenho infantil, os dois voltam para o carro, dirigem agora em direção ao centro da cidade, deixam o carro na rua, pegam o metro na paulista, um ainda sujo levando o outro pro terminal a qual chegou, agora a conversa não tinha pausas, tinham uma tarde inteira sobre a qual conversar, chegam ao terminal, o dia passara rapido. antes da catraca, do lado de um orelhão, o transporte que levava um para longe ja estava parado a espera de passageiros.

um pedido.
um 'finge-que-não-entendeu'.
um repete o pedido.
um 'estou-pasmo'.
um 'tudo bem então, é que eu pensava q..'.
um beijo.

encabulados se abraçam, agora confortavelmente, e cada um vai pro seu canto.
um atravessa a catraca e entra no onibus, o outro volta a descer pro metro, em direção a cafeteria. um não dormiu aquala noite e o outro acabou não indo dançar aquela noite. esse foi o fim da noite, e o começo do ano pra eles.

• Esse texto é confuso, digamos que é uma piada interna.
xoxo. Gossip Pig and Pepper

Porco e Pimenta: Cosmonauta



Cosmonauta

"Dez!". Pelo objeto que me incomodava as orelhas, ouvia a contagem regressiva mais tensa de toda minha vida, estava eu sentado com os meus vinte e poucos anos, e da janela pessoas acenavam, eu sabia que poderia ser a ultima vez que as veria ali. "Nove!" Me passava na cabeça meus momentos mais dificeis pra sentar naquela cadeira, do meu lado, meu amigo estava chorando. "Oito!". Pela janelinha eu via a minha mãe, e desejava que meu pai estivesse la para me ver, talvez eu o encontrasse, estava indo pro céu. "Sete!" . Todos os botões e todas as funções me davam dor-de-cabeça, o grande e vermelho na emergência, eu sempre ouvira isso nos filmes. "Seis!". Eu sei que eles sentiram a minha falta, sem comunicação terão que ter mais fé em qualquer-coisa. "Cinco!". Não via a hora de sair dali. "Quatro!". O tempo sempre passa mais devagar quanto pensamos nele. "Três!" . Em nome do pai, do filho e do espírito-santo. "Dois!". Amém. "Um!". Adeus pessoas, me desejem Boa Sorte. "Zero!". Foi nesse momento que ouvi o barulho que mais esperei na vida, o fogo saiu da cauda do foguete de modo que fez as coisas vibrarem dentro de mim e talvez do meus parceiro tambem, aos poucos fomos ganhando altura, e quando menos percebi, ja não via mais minha mãe, nem mais ninguem, a pressão em mim parecia me sufocar, e precisei fechar os olhos para não ficar mais nervoso, ainda subindo, sem limites, saímos da atmosfera. Agora tudo mais leve, com excessão do peso na minha conciência, mas eu estava feliz, realmente feliz, teria tudo dado certo? era preciso comunicação com a base, na terra. No instante em que soltei o cinto-de-decolagem, meu sonho de criança se realizou, estava flutuando, era como se os meus inconstantes 70 Kg não importavam mais, eu podia pular e nunca mais voltar ao chão, e no espaço era diferente das máquinas de simulação, ali era real, ali tinha paisagem, e pela primeira vez, ali, de ponta-cabeça no espaço, eu à vi. Linda e gigante, a sua cor pulsante fazia meu coração pulsar junto, a sua imensidão azul me remetia ao tamanho do meu orgulho, ao tamanho da minha saudade, nunca vira imagem tão bonita, o sentimento de estar ali, à vendo, me fez lembrar de minha mãe, e perceber que aquela esfera imensa guardava por mim um carinho, quase que materno, que estava sendo esquecido. Então eu senti um turbilhão de coisas estranhas, sensação parecida à da decolagem, e quando menos percebi, tudo estava em chamas, inclusive meu parceiro, lembrei do botão vermelho, e corri (ainda flutuando) para aperta-lo, ele estava quente, tudo estava errado e se desfazendo, fui empurrado pra fora do foguete. No vácuo, contraditóriamente, minha cabeça nunca esteve tão cheia, ainda via a mãe-Terra, era impossivel não percebe-la, e um estranho medo de altura se apossou de mim, iria morrer. Com a certeza da morte, na minha segunda contagem regressiva. "Dez!". Eu tirei o capacete, iria morrer. "Nove!". A agonia de estar sem ar foi substituida pela alegria de morrer no lugar onde eu mais gostaria de morrer. "Oito!". Meu parceiro ainda estava em chamas, e nada que eu fizesse o ajudaria. "Sete!". A agonia de estar sem ar voltou, meu pulmões agora pediam esmola. "Seis!" Eu me mexia no vácuo, flutuando feito uma pena no ar, era deliciosamente desconfortável. "Cinco!". meus sentidos agora ja estavam perturbados. "Quatro!". A Terra acenava pra mim. "Três!". Nadei, nadei, e morri na praia. "Dois!". Por mais que eu grite, o som não se propaga no vácuo. "Um!". Flutuando, feito eu, eu à vi chegar, lentamente, gelada, me abraçando e me beijando, sugando meu ar, suas mãos brancas, fecharam os meus olhos, seu corpo escorregadio estava sobre e sob o meu, e um fio de medo, de desespero, de prazer correu do alto da minha cabeça até meus pés, por fim levando minha vida. "Zero!"


• Gente, voltei a postar no blog, que diga-se de passagem, está cheio de teias de aranhas e pó para todo o lado, depois da faxina posto outra coisa. Esse meu texto é antigo e postei porque achei que seria legal te-lo por aqui.

xoxo.
Gossip Pig and Pepper

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Porco e Pimenta : Férias de Julho de 2008



Essas férias de Julho de 2008 não estão com cara de férias, mais pelo fato de que se eu não abrir um caderno num dia eu fico me remoendo a noite, e no outro dia penso no banho que perdi tempo de estudo, é estranho como eu sinto isso, perco tempo de estudo, mas nunca penso que durante todo esse ano eu perdi tempo de diversão, tempo de familia, tempo de ócio, que tomar um banho demorado me mata de preocupação, que só de ouvir a palavra fuvest eu tenho vontade de correr com os braços pra cima, e eu não estou de exagero, é realmente o que eu sinto.

Por outro lado, eu estou feliz, parte porque ja tinha noção de que esse ano seria assim, o conformismo me deixou feliz, e parte porque minha vida não está chata, não mesmo, eu estou numa ótima fase com familia, amigos, namoro, e tudo está indo tão bem, e tem ainda o teatro que realmente está conseguindo fazer com que eu descarregue muitas dessas energias de culpa e desespero.

A coisa mais engraçada do vestibular está sendo o fato de que eu desisti da carreira de Jornalismo, que eu estava tão certo, e estou a procura de novos cursos que possivelmente me deixariam feliz, mas esse assunto é muito chato, e eu poderia ficar linhas e linhas descrevendo os cursos que eu penso em fazer, que vão de Gastronomia à Arquitetura, passando por Gerontologia e Moda.

Hoje é segunda-feira, e esse final de semana que passou foi o melhor das férias até agora, festa da Bazão e do meu primo, Godzilla em casa, ouvindo Duffy sem parar, combinando baladinhas do mal com a A.P, e rindo muito no msn com a Renatinha e a RB. Hoje eu vou ligar pra Isa, estudar alguma coisa legal em Humanas e tentar falar com o Guilherme (que está trabalhando loucamente)... É assim que a minha vida está.

Beijos pros leitores ou bisbilhoteiros

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Porco e Pimenta : A Estrada - p1

Porco e Pimenta: A Estrada - Parte 1 -

Apresentando Joene e sua burrice


A velha disse para que tomassem cuidado pelo caminho, mas os jovens nunca escutam os velhos, e esses não eram jovens diferentes, e a velha nem parecia tão certa do que dizia, pegou um novelo de lã e começou a tricotar uma ovelha que havia sido despelada, a ovelha não sangrava enquanto a agulha do tricô entrava em sua pele, pelo contrário, ela sorria, Joene foi a ultima que viu a cena da ovelha sorridente, pois dez passos em direção ao caminho em que percorria junto aos seus amigos, olhou para trás, e a velha parou de tricotar naquele instante, olhou para Joene, a velha sabia o tempo todo que Joene teria medo, que olharia para trás, a velha apenas acenou com a cabeça de uma maneira afirmativa, o que Joene não conseguiu interpretar, pois era míope, e as coisas de tornavam dificeis depois de dez passos, voltou a olhar para frente, agora era Patrici que olhava para ela, bem mais perto, Joene o via perfeitamente, seus cabelos negros e seus olhos igualmente negros contrastavam com o sol do comecinho da manhã, sol que a fazia lembrar do número um, do inicio e do porque estavam ali, carregando mantimentos e roupas, eram três jovens que não ouviram a velha que tricotava a ovelha.

[ o negócio é o seguinte, leitor, eu vou contar uma história, e ela é dividida em pequenas partes, essa é a primeira delas, e você pode ver que Joene é uma menina burra ]

domingo, 4 de maio de 2008

Porco e Pimenta: Mentiras que a escola conta



A Virgem dos lábios de mel e cabelos mais pretos que as asas da graúna não me interessa, nem a traição de Capitú, e nem nada, e duvido que interessasse ao Alencar ou ao Machado, toda essa discussão não leva a nada, o escritor morreu, e penso que nem ele imaginava, ao menos, que seu livro traria tamanho bafafá.

Eu tambem não gosto, se tratando de literatura, de como os estudiosos da área gostam de achar significados nas obras, significados esses que muitas vezes os autores nem sabiam ter dado, esse costume de magnificar uma obra de arte quando na verdade ela é simples e sem duplos sentidos que é um horror, Oswald escreve 'bananas' num muro e todo mundo bate palmas, seu vizinho faz o mesmo e todo mundo taca pedras, convenhamos, Oswald não seria um gênio se escrevesse 'bananas' num muro, e nem seu vizinho, e é nesse ponto que os estudiosos literários erram.

Tambem não acredito na super-duper-mega-divisão-do-trabalho, e não estou falando da revolução industrial, falo da Mitocôndria, do Complexo de Golgi, dos lisossomos e ribossomos, dos centríolos e essas coisas, quem realmente acredita que essas organelas, dentro de uma célula (que já não é um lugar tão amplo) trabalham feito condenados pelo funcionamento da célula, e essa pelo organismo todo. Eu não sou uma fábrica, poxa!

E então eu me pergunto: Eu sou uma tapado por duvidar dessas coisas?

terça-feira, 22 de abril de 2008

Porco e Pimenta: Final de Abril de 2008


Final de Abril de 2008, e a minha vida vai tomando um rumo diferente do que eu pensava que ela tomaria, a corrida pro vestibular não está 'aquela coisa-de-louco', estou estudando bastante, chegando cansado em casa, conto meu tempo no banho, mas toda essa pressa se tornou natural, parte da minha vida, é como se sempre tivesse vivido desse jeito, 'muda muda muda, muda logo de lugar', o vestibular é uma grande mesa de chá. Faz um meses eu pensava que essa correria tiraria minha vida social do primeiro plano, e eu percebi estar errado, ficar todos os dias na escola me fez conhecer mais pessoas novas, e todo esse clima de ultimo ano de colégio contagia a gente (terceiranista) de verdade, além disso, conheci uma pessoa muito especial faz um mês, e é como se já não conhecesse ela por inteiro, é...eu estou apaixonado. (XANANÁÁÁ, diria a Renata).


Minha vida tem sido assim, vestibular, amigos, provas constantes, a familia vai bem tambem, uma discução aqui outra ali, mas é na familia que eu tenho todo o 'meu chão'; ser um adolescente prestes a encarar a vida e o mercado-de-trabalho tem me deixado um pouco distante da minha familia, mas acho que isso é natural, sei que vou sobreviver, e sei que minha familia sempre vai estar por perto. Quanto a minha saúde não tenho nada a reclamar, minha ultima queixa foi com os dentes, meu 'dente do juizo' direito inferior nasceu, e tentou abrir um tunel no fim da minha boca, empurrando os molares, fazendo a festa, fiquei com a boca inchada durante uns dias, mas três vezes no dentista colocou o menino na linha (não, não arranquei), e pensando nisso, faz um tempo que não pego uma gripe ou algo assim.


Uma coisa que vem me irritando esses dias é o Caso Isabela, porque todo mundo fala disso, e eu NÃO vou mais falar ou escrever nada sobre o assunto aqui, porque ele me irrita. (isso não quer dizer que eu gostei do que aconteceu com a menina, longe de mim). E tenho dito.

O fato de eu estar apaixonado e ter certeza disso me fez uma pessoa bem mais sorridente e feliz. E...Ah! amanha eu começo com o teatro, eu não tenho mega-espectativas pra esse ano, mas é uma coisa que eu sempre quis fazer, e tenho certeza que vou continuar a fazer quando sair da escola. (meus deus, eu vou sair da escola!)

Daqui 8 meses eu posso tirar carteira de motorista, não, você não ouviu errado, não são anos, são meses, e isso é tão estranho, pra você ter uma ideia, meu avô disse que vai me ensinar a dirigir nas férias de julho, aconselho que aconselhe seus parentes (e até a si mesmo, porque não?) para que fiquem em casa durante essas férias, ou melhor,façam um cruzeiro, fiquem o mais distante da terra-firme por dias. (isso me lembra do dia que eu QUASE atropelei um casal na rua , dirigindo uma Carrosella (sabe? aquelas nas calçadas de praia).


Bom, quis fazer um balanço geral da minha vida no final de Abril de 2008, para que você(s) saiba(m) que eu não morri, e para eu poder ler num futuro não tão distante, e me achar um pouco bobo por ter compartilhado com você(s) esse tipo de coisa.
You know you love me, xoxo.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Porco e Pimenta : Acreditar ou Comprovar


Poder, assim como Porco e Pimenta, começa com P.
Como podem ser feitos da mesma letra?
Enquanto a vida passa na velocidade de um segundo por segundo, as pessoas se dividem em grupos de ideologias, nem certas nem erradas, ideologias contrárias, o grupo da fé e o da razão, aqueles que apenas acreditam e outros que comprovam.

A cada manifestação da natureza, o grupo dos que acreditam dão vivas e mais vivas, nada d'aquilo precisa ser comprovado, é tudo tão auto-explicativo, auto-conclusivo, e todos os dogmas se transformam em grandes casos de anti-necessidade-de-comprovação. O pássarinho voa, e não me importa o porque dele voar, ele voa, é bonito, é legal, vamos beber alguma coisa.
Já os caras da razão, precisam de motivos, de fórmulas, de números, de stress, e eu não os condeno. A cada resultado, resposta, eles fazem festa, tão boa quanto as festas da concorrencia socio-ideológica. O passarinho voa, porque ele voa e eu não? Que beber o que! vamos nos trancar num quartinho escuro, enquanto os passarinhos continuam voando.

Eu fiquei chocado quando meu professor de fisica disse que Descartes tinha uma maneira de provar que Deus existe pela lógica , pela física, sei la, fiquei meio bestiado, mas não impressionado, eu fiquei pensando qual é a utilidade de provar que Deus existe, sendo que pode-se simplesmente acreditar.

pensando sobre os tipos de pessoas, eu descobri que o mundo está nas mãos dos caras que comprovam, porque os que acreditam estão ocupados demais acreditando para tentar conseguir Poder, para assim governar o mundo conseguir o máximo de dinheiro possivel, e depois morrer, numa Tsunami ou Sufocado no Monóxido de Carbono.

Essas pessoas correm em busca de uma estabilidade e conforto que já se transformou utópica faz um tempo , estão num espelho , e quanto mais correm para a paz mais chegam na guerra. Qual é a GUERRA da vez? qual é o LUCRO da vez? E o que a gente ganha com isso? morte e dinheiro.
Foi-se o tempo em que a vida era mais valiosa que o petróleo, que o poder.
Estou me sentindo triste por não ter cunho de começar uma rebelião a favor da paz, talvez se eu tivesse uma barba, alguns reais de sobra, e muitas pessoas 'da fé' que estivessem dispostas a tal objetivo eu daria um primeiro passo.

Beijos a todos que leram isso, quem se abilita a liderar um movimento doidão?

sábado, 8 de março de 2008

Porco e Pimenta : la deep dee doo

Eu gosto dos estranhos que respondem meus bom-dia's na rua, gosto de quem trabalha sorrindo, gosto de pessoas sem auto-controle, gosto de quem canta a musica errado, gosto de quem usa roupas por se acharem bonitos com elas, gosto dos cabelos curtos, gosto da barba por-fazer, gosto dos sonhadores, gosto de mente-aberta, gosto de conversa longa, gosto de proximidade, gosto de quem abraça, gosto de conversar por códigos, gosto de piadas internas, gosto de silêncio sem-culpa, gosto de caretas, gosto de quem não se preocupa demais, gosto de gente mais leve, gosto do que passa rápido, gosto do 'se sentir protegido' , gosto de surpresas, gosto de imitar vozes, gosto de massagem, gosto de quem escolhe ser feliz, gosto de letras, gosto de quem aceita o proprio corpo, gosto de coisa azeda que faz você fechar os olhos, gosto de confiança recíproca, gosto de me sentir mais jovem (ainda), gosto de expressão, gosto de cor, gosto de expontaniedade, do auto-desconhecimento.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Porco e Pimenta : O Apanhador de Respostas



O Apanhador de Respostas


O apanhador de respostas estava sentado na cadeira-de-balanço de sua varanda, a paisagem bucólica da horta de perguntas, as quais ele mesmo cultivara, estava deixando-o com sono. Sua longa barba escorria de sua boca, como se a tivesse cuspido, e a sua cabeça era cortada, um corte reto, d'aqueles que parecem ter sido feitos por uma grande navalha, de orelha a orelha, repita o caminho, via-se sua cabeça, onde um grande misto de memórias e células faziam algo parecido com um espaguete.

Era tempo de colheita, todas as dúvidas plantadas cresceram, e deram boas frutas-perguntífras, cheias de respostas, e sementes-de-novas-dúvidas.

O apanhador de respostas colhia os frutos para uso próprio, comia um a um, e ia se deliciando com cada fruto maduro, e cada vez ficava mais triste, pois os frutos enchiam sua boca de sementes, e uma a uma eram cuspidas numa bacia, sementes de todas as cores e tamanho:

- Olhe! Aquela amarelinha tem formato de um bibelô, e aquela outra ali ao lado, mais se parece com uma pipoca-murcha. - Refletia o velho babão.

Era tempo de plantio, e o apanhador de respostas se levantara da sua cadeira com muito esforço e cuidado, não deixando sua meia-cabeça vasar, ereto se dirigia ao campo, que nú em terra, fervia de tão fértil, e como um polvo de pêlos, sua longa barba catava as sementes, que guardadas na cabeça, iam para a terra, gerar novos frutos.

O Apanhador de Respostas acabou seu trabalho pela aquela temporada, e agora esperava a vida passar na sua cadeira de balanço, esperava a nova colheita de respostas, com a nova remessa de perguntas.
Lucas Careli

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Porco e Pimenta: O amor é óbvio



O amor é óbvio


Meu coração bombeia rapidamente, e eu sinto uma série de acidentes no meu organismo, que segundos atrás funcionavam de acordo com o que nasceram pra fazer.
Meu pulmão que sempre respirara tranquilo agora parece com medo, e a frequencia de intervalos de entrada e saida de ar é muito mais curta, o ar parece mais pesado, e mais furioso, o que antes era calmaria agora é tempestade.
Meu fígado, que não serve pra quase nada aparentemente mostra as caras, eu consigo sentir meu fígado sem ao menos toca-lo com as mãos, por cima desse grande lençol chamado pele, ele está ali, semi-latejando, parece maior, e todas as funções parecem estar erradas, meu fígado parece respirar, ou digerir.
O meu estômago resolve que a solução do problema seria derramar litros e litros de ácido-clorídrico dentro dele mesmo, talvez para queimar toda a ansiedade e o medo, o ácido age como anciedadecida, adrelaninacida, mata as borboletas do meu estômago.
O coração é um orgão estúpido, e nunca pareceu tão apressado, seu modo ridiculo de demostrar suas soluções é bombeando mais e mais sangue, minhas veias agora são pistas de fórmula 1, ou fórmula 1.000 ou stock-car (seja la o que isso for), 'os glóbulos vermelhos estão na frente', 'quem dá a volta completa?', meu plasma é combustível, e meus glóbulos bicolores apostam corridas, o prêmio é um grande nada.
E minhas glândulas sudoríferas? 'Ai!' As glândulas sudoríferas liberam àgua mais do que o necessário, que chega a escorrer pelo meu rosto, contornando minha face, descendo no meu queixo, e caindo no chão, uma parte física minha está no chão, junto com toda a parte emocional.
Meus sentidos estão mais aguçados, eu posso enganar meu olhos, meu ouvidos, posso fechar a boca pra toda e qualquer paladar, e fechar meu corpo de forma que fico intocável, mas meu olfato me condena, não posso parar de cheirar assim, o seu cheiro forte entra no meu nariz, e é ele que provoca as alterações todas, deixam meus orgãos loucos, não acredito que você me faz sentir assim, mas você faz.
Algumas coisas a gente percebe só sentindo, sem razão, é mágica as coisas que seu cheiro podem provocar em mim, e a mágica vem expontânea, sem palavras, sem encatamentos, acontece somente quando divido meu espaço com seu espaço, e é incrível como posso sentir seu cheiro à distancia, e como as vezes ele me vem do nada a mente, você não precisa estar presente, mas o seu cheiro está lá, despertando parte do meu cérebro doido o que é óbvio, o amor é óbvio.

Eu não posso acreditar, mas posso sentir.


talvez seja minha primeira demonstração de amor, e provavelmente a ultima que vocês me veram postando por aqui, Porco e Pimenta não é confessionário, é uma excessão a regra. na verdade eu sou durão! (risos)